Artistas Associados

Diana Coelho | Artes Performativas

Diana Coelho é licenciada em Animação e Produção Artística pela Escola Superior de Educação de Bragança. É Sócia-Fundadora da Associação ESTUFA, colaborando regularmente como produtora, formadora e criadora.

Nascida em 1987, denomina o conceito de Performance como um acto de dar forma; fazer cumprir, e é neste campo que assume a direcção de projectos transdisciplinares com utilização do próprio corpo como ferramenta para a objetivação conceptual.

Trabalhou até à data com diferentes nomes das artes performativas e foi distinguida em 2012 com o prémio de melhor actriz, em Guimarães Capital da Cultura. O percurso artístico tem vindo a revelar um crescente interesse pela obra que se materializa além da presença física do performer. Kairos, WhiteProject e Nuvens, foram apresentados nacional e internacionalmente, entre 2013 e 2017, como instalação-vídeo, áudio e fotografia.

Na linha de trabalho focada na educação pela arte e integração da vida na criação de objectos artísticos destaca UMBIGO – Teatro minimal para a infância poética (2014), que realizou com a sua filha com 3 meses de idade e, Empatheia (2015) criada com o grupo de pares da associação Novamente, entidade que presta apoio a traumatizados crânio-encefálicos.

No percurso de trabalho de Diana Coelho há palavras que se repetem e, provavelmente, irão continuar a repetir-se: instinto, emoções e afectos. Corpo, voz, peso e matéria/imatéria.

João Henriques | Artista Visual e Programador em Fotografia

Desde 2010 apresenta regularmente o seu trabalho através de exposições, instalações, livros e palestras. Tem usado a fotografia para explorar a construção das identidades pessoais e territoriais, a partir de um eixo duplo entre o público e o privado, o colectivo e o individual, a superfície e a profundidade. Desde 2020 exerce a função de programador no Centro de Estudos em Fotografia de Tomar/Casa dos Cubo. Tem colaborado regularmente como curador independente no Festival Encontros da Imagem, no Festival IMAGO e com diversas entidades na curadoria de exposições, conferências e outras actividades em torno da fotografia.

 

Foto

Descritivo – Série “The Face of Another”, Torres Vedras 2009-2013.

Tânia Clímaco | Ilustração

É licenciada em Design de Comunicação pela Faculdade de Humanidades e Tecnologias da Universidade Lusófona, Lisboa.

Paralelamente à sua actividade como ilustradora, Tânia Clímaco é professora no EPÁ! Educação pela Arte, projecto multidisciplinar desenvolvido pela ESTUFA no âmbito do pré-escolar e 1º ciclo em vários concelhos da Região Oeste.

Dinamiza desde 2010 o Atelier de Artes Visuais da ESTUFA e assume, em 2019, a orientação da disciplina de Cenografia inserida no Advanced Dance Program da ESTUFA.

As suas ilustrações são publicadas pela primeira vez em 2009. Nos últimos anos tem ilustrado, em parceria com diversas editoras, inúmeros livros de literatura infantil. Ilustrou, como exemplo, toda a colecção de contos tradicionais recontados pelo escritor António Torrado para a Editora Sorega.

Em 2010 inicia uma nova parceria com a editora EDI9 para ilustrar uma colecção de clássicos dos escritores irmãos Grimm: “Cinderela”, “O gato Comilão” e “O Feijão, a Sra. Palha e o Carvão”. Em 2011 surge o convite da editora Trampolim para ilustrar o livro “O Grilinho Tenor” da escritora Palmira Martins, reeditado em 2017 pela editora Educação Nacional. Nesse mesmo ano participa no 4º Encontro Nacional de Ilustradores, convite que foi renovado nos dois anos seguintes, em 2012 e 2013 (5º e 6º Encontro Nacional de Ilustradores).

Em 2020 ilustrou 100 Papas na Língua de Lurdes Breda para a editora Escola Portuguesa de Moçambique com o apoio do Instituto Camões. Em 2021 ilustrou Crónicas de um Bufão na Corte de Dom João de Lourdes Breda para a editora Hora de Ler. Ainda em 2021 ilustra Contar Histórias com a Avó ao Colo (colectivo de escritores de Língua Portuguesa) com apoio do Instituo Camões e da Rede de Bibliotecas Escolares Portuguesas.

Participou em várias exposições, individuais e colectivas. Entre as exposições individuais, destaca: O Livro e os Cinco Sentidos, instalação, Livraria LivrodoDia, Torres Vedras, 2008; Exposição itinerante das suas ilustrações por diversas escolas, desde 2009; Exposição de Ilustração, Biblioteca Municipal de Torres Vedras, 2010; Exposição de Ilustração, Biblioteca Municipal de Sobral de Monte Agraço, 2012; Reis, Princesas, Dragões e outras confusões!, Galeria Municipal de Lourinhã, 2017; Casa Casulo, Biblioteca Municipal de Torres Vedras, 2019; Contar histórias com a avó ao colo, Biblioteca Municipal de Torres Vedras, 2021.

Entre as exposições colectivas, destaca: De se lhe tirar o chapéu, 4º Encontro Nacional de Ilustração, São João da Madeira, 2011; PRIMAVERA, 2ª edição de projecto DEVOLUTE, intervenções artísticas em espaço devoluto, ESTUFA, Torres Vedras, 2012; Drs. Love Space Feng Shui, Braga, 2012; Exposição Coletiva de Ilustração, Castelo de Pirescouxe, Loures, 2012; Irmãos Grimm, Biblioteca Nacional de Portugal, Lisboa, 2012; Lápis, 5º Encontro Nacional de Ilustração, São João da Madeira, 2012; OLIVA, 6º Encontro Internacional de Ilustração, São João da Madeira, 2013; Dar vida e cor ao sonho, Coimbra, 2013; PÉROLA, 3ª edição do projecto DEVOLUTE, intervenções artísticas em espaço devoluto, ESTUFA, Torres Vedras, 2014; Exposição 25 de Abril – Coletiva de Ilustração na Galeria Municipal Vieira da Silva, Loures, 2017; Viagem, Fábrica das Histórias – Casa Jaime Umbelino, Torres Vedras, 2017: Exposição Coletiva de Ilustração Infantil, Sala Multiusos do Parque Adão Barata, Loures, 2018 e 2020; EN(Caixa) na Praça Senhor Vinho, Torres Vedras, CMTV, Natal de 2020.

Inês Gomes | Artes Performativas

Inês Gomes, natural de Lisboa, inicia a sua formação em dança na Academia de Dança de Lisboa aos 4 anos de idade (2004), passando mais tarde para a formação de bailarinos da escola de dança Dance Spot, onde desenvolve competências técnicas e artísticas de dança Clássica (método Vaganova), Contemporâneo e Jazz (2012-2018), da qual destaca os professores Rita Galo, Ângela Clemente, Rui Reis, Benvindo da Fonseca, Patrícia Henriques, Daniel Cardoso e Gabriel Fratian.
Com 18 anos ingressa no Curso Integral 2018/ 2020 da FOR Dance Theatre (Formação Olga Roriz) da Companhia Olga Roriz. Ao longo do curso teve a oportunidade de trabalhar com Olga Roriz, Miguel Moreira, Cláudia Dias, Lígia Soares, Bruno Alexandre, Catarina Câmara, Sara Carinhas, Félix Lozano, Vítor Hugo Pontes, Magalie Lanriot, Beatriz Batarda, Rafael Alvarez, Teresia Björk, entre outros. É através deste curso que é convidada a participar num vídeo-dança de Miguel Moreira, celebrando o Dia Mundial da Dança em tempo de quarentena.
Mais recentemente, trabalhou com a Ordem do O no espetáculo “Corpo Anímico”, colaborou com a revista More or Less enquanto modelo (Issue 5), e realizou o cenário da 10a edição do Laboratório de Dança da Associação Estufa.
Atualmente, é professora de dança na Escola Movimento em Torres Vedras.
É fundadora e Diretora Artística da estrutura cultural (A)MAR EMOTO Produções juntamente com o coreógrafo e bailarino Hugo Cabral Mendes. Encontram-se em digressão com a sua primeira criação “A Maior Flor do
Mundo”, com estreia em fevereiro de 2022, inserida nas celebrações do Centenário de José Saramago.

A Maior Flor do Mundo

Produções 2022/2023:

(A)MAR EMOTO

Hugo Cabral Mendes | Artes Performativas

Hugo Cabral Mendes, nascido em 1999, natural de Lisboa, Portugal, iniciou a sua formação em dança no Projeto Quorum da Academia Quorum Ballet em 2016, onde trabalhou com Luís Marrafa, Daniel Cardoso, Cláudia Nóvoa, Bruno Duarte, entre outros.

Profissionalmente, trabalhou com Raimund Hoghe em ‘’Momentos of Young People’’, tendo já apresentado no Teatro Municipal do Porto e no Festival Montpellier Danse. Em 2019 integra o espetáculo “Num Vale do Aqui”, de Daniel Matos, e “Pistris o tubarão sou eu?” de Adriana Sá Couto.

Ainda em 2020, trabalhou com Rodrigo Teixeira em “Voyage, Voyage’’, participou num video-dança realizado por Miguel Moreira e fez assistência de ensaio em “Perfil Perdido” de Marco Martins. Atualmente é um dos intérpretes de Aldara Bizarro e Fernanda Fragateiro em “A Caixa para Guardar o Vazio”, “Preguiça Ataca” e orientador/ bailarino do projeto educativo “Somos Nós” de Aldara Bizarro. É também intérprete de Diana Niepce em “Dueto” e “T4” é também intérprete de “Limoeiro #55” e na curta metragem “Quase Desabitada” de Daniel Matos.

É fundador e Diretor Artístico da estrutura cultural (A)MAR EMOTO Produções juntamente com a coreógrafa e bailarina Inês Gomes.

Encontram-se em digressão com a sua primeira criação “A Maior Flor do Mundo”, com estreia em fevereiro de 2022, inserida nas celebrações do Centenário de José Saramago. De momento encontra-se a desenvolver a sua 1a criação a solo “O Ser Inumano” e é um dos coreógrafos de Ball Moderne, um projeto para a comunidade da Cultugest Lisboa.

A Maior Flor do Mundo

Burry Buermans | Artes Visuais

BIOGRAFIA

Burry Buermans é um artista belga (nascido em 1982) residente em Portugal. Quando criança, tinha um olhar curioso para a arte e o sonho inocente de um dia se tornar um artista. Não frequentou escolas de arte, mas experimentou sempre diferentes formas de arte. Durante muito tempo, procurou pelo seu próprio estilo e meio até que, aleatoriamente, começou a fazer colagens. O seu lema de vida é “Perseguir seus sonhos, aonde quer que eles o levem”. Coleccionou velhos carros Trabant, começou uma companhia de teatro e viajou, de boleia em boleia, pelo mundo. Durante uma das suas viagens no Panamá, foi baleado por ladrões. Este acontecimento chocante fortaleceu ainda mais a sua paixão pela vida. De volta à Bélgica, trabalhou como professor e coordenou um serviço para a juventude. No verão de 2012, muda-se para Portugal para se concentrar completamente no seu trabalho como artista, fazendo colagens e realizando o seu sonho.

Nostalgia, autenticidade e o contraste entre conteúdo e forma são importantes no trabalho artístico de Burry Buermans.

Buermans é fascinado por livros e revistas antigas, inspirando-se nas ilustrações e fotografias antigas presentes nos mesmos. Para realizar as suas colagens, o artista só utiliza imagens originais. Para cada trabalho, usa um tipo de iamgem própria. Buermans gosta de brincar com contrastes e temas opostos: borboletas em forma de crânio ou imagens de sadomasoquismo em forma de figura do famoso desenho animado, Mickey Mouse. O artista escolhe deliberadamente formas reconhecíveis que instantaneamente evocam emoções e pensamentos no espectador. O olho do espectador é, primeiro que tudo, atraído pela forma da colagem e, em seguida, pelo conteúdo – os detalhes das imagens muitas vezes estão em claro contraste com a forma. Este contraste muitas vezes leva a uma mensagem subjacente, que leva a questões éticas. Buermans coloca muitos detalhes no seu trabalho e convida o espectador a reservar um tempo para observar o seu trabalho e descobrir os detalhes e histórias escondidos. A quantidade de combinações possíveis entre forma e conteúdo é infinita e isto é o que atrai o artista. Além disso, ao utilizar desenhos e quadros antigos, Buermans renova a sua função e valor.

 

ARTIGO / PRESS

O belga que correu o mundo a pedir boleia está na Roulote | Festival | PÚBLICO

Foto Marta Sousa Pereira

Jorge Ponce

JORGE PONCE

Em 1978, enquanto estudante no atelier livre da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, Jorge Ponce inicia o seu percurso nas artes plásticas como um dos pioneiros da Feira Hippie de Ipanema – hoje patrimônio imaterial da cidade.
Com serena e também irónica forma de comunicar a sua refinada sensibilidade criativa, em 2001, fez a primeira exposição individual em Portugal, onde foi bem acolhido e ainda hoje reside. Sempre cuidadoso com a perspectiva ética, estética e política que integra na sua forma de expressão, Jorge Ponce transita por descobertas e intensas conexões com o mundo, assim fazendo do seu existir uma singular obra de arte.

Dulce Maia – curadoria da Usinad’Art – Rio de Janeiro