Mostra de Teatro

A Mostra de Teatro é uma iniciativa da ESTUFA que reúne as várias criações artísticas resultantes das Oficinas de Teatro.

1.ª Edição da Mostra de Teatro

A Mostra de Teatro – Serviço Educativo realizou-se a 16 de julho de 2025, no espaço Bang.

Foram apresentadas as seguintes peças:
Ana Mota Ferreira – Num piscar de olhos
Beatriz Silva – A figueira da Tia Miséria
Raimundo Cosme – É impossível?
Beatriz Silva – Não fiz de propósito!

O evento contou com o apoio de vários parceiros locais e terminou num ambiente de celebração e partilha.

2.ª Edição da Mostra de Teatro

A 2.ª edição da Mostra de Teatro realizou-se a 2 de julho de 2025, na Sociedade Filarmónica Ermegeirense.

Foram apresentadas as seguintes peças:
André Loubet – Oficinas de Teatro da Estufa
André Loubet – O Que Cabe Aqui
Raimundo Cosme – Não Conseguimos Escolher Um Título
Beatriz Silva – Foi Uma Pessoa Que Não Está Presente
Beatriz Silva – Quase a Tempo

O evento teve entrada livre e terminou com um lanche partilhado no jardim.

3.ª Edição da Mostra de Teatro

A 3.ª edição da Mostra de Teatro realizou-se em duas sessões, nos dias 30 de junho e 7 de julho de 2024, no espaço Bang, em Torres Vedras.

Foram apresentadas as seguintes peças:
André Loubet – Inferno do Igual
Raimundo Cosme – Cadáver Esquisito
Beatriz Silva – Insatisfeitos
Ana Mota Ferreira – Ópera Bufa
Ana Mota Ferreira – Rodrigo e o Pé de Figo (vídeo)

O evento teve entrada livre e contou com uma plateia entusiasta, num ambiente de celebração teatral.

4.ª Edição da Mostra de Teatro

No dia 6 de julho, as portas centenárias da Sociedade Filarmónica Ermegeirense abriram-se para receber a 4.ª Mostra de Teatro da Associação ESTUFA. Com casa cheia, teve início este evento anual que tem vindo a afirmar a ESTUFA como um micro-laboratório de criação cénica no concelho de Torres Vedras.

Sob a direção pedagógica dos professores das OFICINAS DE TEATRO, subiram a palco quatro obras originais, todas em estreia absoluta, que deram corpo às inquietações de dezenas de crianças e jovens intérpretes. Cada peça, embora autónoma, estabeleceu um diálogo com a seguinte, criando um gesto criativo comum.

A Mostra abriu com TEMPESTADE, dirigida por Ana Mota, uma recriação livre da peça de Shakespeare. A partir de exercícios de improvisação e experimentação, os intérpretes – crianças entre os 6 os 11 anos – construíram uma versão original e pessoal da obra, explorando temas como traição, amor, desilusão e fantasia. O espetáculo destacou-se pela aposta na experimentação e na liberdade criativa, valorizando o processo e o jogo teatral como meios de expressão.

Seguiu-se MANUAL DA SANIDADE, com encenação de Beatriz Silva. A peça partiu da pergunta “o que é ser são?”, recusando respostas fechadas e propondo antes uma multiplicidade de vozes e perspetivas. Em palco, o conceito de sanidade foi desconstruído e ressignificado por jovens entre os 12 e os 14 anos, num trabalho que desafiou convenções e abraçou a incerteza como espaço fértil para a criação.

A terceira peça da tarde, INTERVALO, orientada pelo actor André Loubet, instalou-se no espaço entre a crítica e a imaginação, construindo-se a partir de uma provocação utópica: e se um grupo de alunos, atentos ao sistema educativo que os molda, organizasse uma revolução? A partir dessa premissa, o espetáculo investigou o significado da utopia e questionou os limites do que seria possível dentro de estruturas instituídas. Com uma abordagem que oscilou entre o realismo crítico e a fabulação, os jovens intérpretes construíram um discurso coletivo, insurgente e lúcido.

A tarde terminou com AS COISAS QUE EU NÃO SEI, peça dirigida por Raimundo Cosme. O impulso criador surgiu da curiosidade e do desejo de explorar o desconhecido. Assim, o espetáculo tornou-se um elogio ao percurso, valorizando não a utilidade ou perfeição do que é apresentado, mas a entrega, a tentativa e a descoberta. Uma lembrança de que o teatro, tal como o conhecimento, nasce do desejo, da dúvida e da experimentação.

Paralelamente, e ao longo de toda a tarde, esteve patente uma exposição dos trabalhos plásticos das Oficinas de Expressão Artística, actividade do Serviço Educativo da ESTUFA dirigida a crianças entre os 3 e os 6 anos, que testemunharam um ano de experimentação interdisciplinar.

A MOSTRA DE TEATRO da ESTUFA reafirma-se, a cada edição, como um espaço de prática artística inserida num contexto comunitário. A colaboração com a Sociedade Filarmónica Ermegeirense, a Bang e outros espaços culturais tem garantido a continuidade desta iniciativa como plataforma de partilha intergeracional, oferecendo espaço a quem vê no teatro uma ferramenta de pensamento e de desenvolvimento de um discurso próprio.

A 4.ª edição terminou, mas deixou no ar a promessa de continuidade. No próximo ano, novas perguntas subirão ao palco. E talvez o público também traga as suas.

Créditos Fotografia: Carla Oliveira